VENCEDOR DO PRÊMIO APCA MELHOR ESPETÁCULO CIRCENSE (2001) E PRÊMIO PANAMCO DE MELHOR ESPETÁCULO JOVEM (2002)
Na periferia de um subúrbio perdido no espaço e no tempo, duas pessoas convivem onde o conforto passa longe e a segurança desconhece o endereço. Por vezes percebe-se a existência de vida fora daquele ambiente devido a algumas interferências sonoras. Um deles mostra-se muito tenso, um feixe de nervos obrigado ao constante exercício do controle para não estourar, o que o torna o mais caprichoso dos dois. O outro, dono de uma lógica peculiar, de tão conformado beira a estupidez. Mas algo os une como a verdadeiros irmãos: a fome, quer seja ela de alimento, ou mesmo de dignidade, de poder. Neste terreno impreciso, onde da mesma fonte brota alimento e a arma letal, a fantasia se mostra tão fundamental quanto o trigo na composição de um prato que possa saciar a fome, tanto das formigas quanto das cigarras. Até que seja novamente despertada.